Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro tornar-se cinzas?
(F. Nietzsche)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Quase nada

Deixo meu corpo livre, ele faz de si o que quiser agora. Não, não tenho a mínima vontade de me perder numa boca qualquer. Nem de me encontrar. Na verdade, ultimamente, não tenho tido vontade de nada, não sei, coisa de momento talvez. Mas tanto faz se passar ou não. Só sei que não tenho vontades. Só sei que desde que te encontrei, não tive mais vontade de me perder nem de me encontrar, nada, além de te ver, ter por perto. Quase impossível. Quase viver. É isso. Nessas noites, tenho me mantido distante de tudo, pensando que talvez você se aproximasse, mas foi em vão. Continuo longe, por escolha minha, por falta de vontade ou por vontade demais. Queria que adiantasse de algo. Ou que simplesmente me servisse. Mais uma vez me encontro sendo sem ser, difícil, essência refletida, espelho sem reflexo, tão vazio assim, pena, eu sem você. E você sem mim?

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