Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro tornar-se cinzas?
(F. Nietzsche)

terça-feira, 3 de maio de 2011

Do outro

Sei que preciso parar com isso de começar as coisas e não terminar, parar no meio ou ainda mesmo beirando os primeiros passos ou quase fim. Deve ser coisa de signo isso, não sei, ou tanto faz. Queria mesmo pôr fim numas coisinhas, começo, meio e fim, nada de recomeços, só se for pra outros fins, enfim. Sei que preciso chegar mais vezes em mais pontos finais, sair dessas eternas reticências e vírgulas, passar essas páginas, terminar os livros. Mas ai, me diz, então, o que fica depois do final? Eu sei que é um ciclo, uma construção, algo de adição, mas e ai, é isso mesmo de eu-começo, eu-meio e eu-fim?

2 comentários:

Anônimo disse...

Sei q voce prefere caio fernando, mas essa do mario quintana parece mais com voce.

Canção do Amor Imprevisto

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E minha poesia é um vicio triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com tua boca fresca de madrugada,
Com teu passo leve,
Com esses teus cabelos...
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita...
A súbita alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos!

Sue Barroso disse...

Ah, os passarinhos...