Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro tornar-se cinzas?
(F. Nietzsche)

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

... meia [ou quase nenhuma] palavra basta

O que era, é outra coisa.
O que foi, seria.

E não cabe aqui nestes antiversos
qualquer poesia,
pois se faço em prosa essas entrelinhas
é porque tenho a dizer que esta moça,
ou aquelas,
me pôs,
ou puseram,
a perder qualquer juízo que eu já não tinha.

Foram promessas,
fizeram-se ilusões e a imaginação foi-se longe!
fez-se alucinação
num tempo de tão pouca esperança,
onde o meu não-viver
até quis renascer
em poucas palavras.

Foram sorrisos singelos,
dignos de desconfiança,
gestos delicados,
e fortes, não é? que desarmaram,
com um breve "até",
a mais rude e clichê das armas,
ou escudos,
os corações e suas farpas,
além das retóricas.


Pois sim, dentre essas tantas conjugações
há de se perder mais um
com o tudo mais, o tudo menos
apesar do ao menos.

Bem,
para bom entendedor...

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