Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro tornar-se cinzas?
(F. Nietzsche)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Inter

Ter opções já é uma prisão de escolhas, a gente tem exatamente isto, isso ou aquilo pra escolher. Agora não ter opções, isso é pior, é nem escolher, é ser engolido pela não-opção da escolha involuntária. Me desgasta essa filosofia da liberdade inerente a mim, se não escolhi, onde esteve a opção ou não-opção? Foi do nada para o tudo sem meu querer, não-querer ou sem querer, simplesmente foi. Hoje, tenho escolhas dentro de um ciclo fechado, onde tenho total liberdade pra me locomover. Besteira. É como andar em círculos num finito de opções. Como se tudo dependesse só de mim pra escolher com autonomia, liberdade! Como se eu fosse um Deus. Essa liberdade é pura ilusão, coisa de quem acha que cria, que acredita no inato. Quem dera fosse assim, mas se não fosse pelo outro, onde estaria nossa existência, se ser é estar, é provocar, é reflexo? É tudo um complexo de construções, é tudo reboco de mundo, minha gente! É tudo uma espiral de ações e reações.

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