Aos poucos pude perceber o que esteve diante de mim durante o tempo inteiro em que estivemos juntos, o mesmo que nos manteve distantes também. Eu não fazia parte daquilo. Em meio aos sorrisos, brindes, presentes, surpresas, brigas, sempre fui um estranho, um confortavelmente adequado estranho, tão adequado que nunca me senti à parte de tudo, nem ninguém mais ali. Só agora, alguns anos depois de termos nos deixado, que me percebo: uma espiral dentro de um círculo.
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