Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro tornar-se cinzas?
(F. Nietzsche)

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Apagaram tudo

"Aquelas plantas ali você derruba e depois pinta tudo de verde." Pois é assim, pintam, rabiscam, cobrem com lona, giz, carvão, pó, apagam. Em menos de 24 horas, veja bem, vinte e quatro horas, e a ciclofaixa voltou às origens, ao por vir, ao vai saber se vem; intervenção por vir? Tomara! Tentam a todo custo cegar o povo do próprio povo. O que o povo quer, dever querer, pode querer, precisa. Apagam toda e qualquer chama que possa incendiar a roupa de palhaço que veste nosso país. E ainda gastam nossa água! Pior que desse foguete às avessas só resta a fumaça a incomodar essa gente, a gente, e somente, que depois se volta, revolta, com os pulmões cheios de gás: "Não queima, que isso aqui é nosso também, porra!"; a seguir espalhando a cegueira, ajudando a cobrir de cinza as ciclofaixas, as pinturas nas praças, as praças, praias, casas, a gente. O que o povo quer?! Vai saber, não dão nem tempo dele querer! Do que o povo precisa? Com certeza não é uma cidade pintada de verde, nem de ciclovias pintadas com tinta d'água, nem de praças cinzas. Vinte e quatro horas. E eu me pergunto há quanto tempo aqueles números de campanha ali estão nos muros.

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