Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro tornar-se cinzas?
(F. Nietzsche)

terça-feira, 13 de setembro de 2011

"Um passo atrás, dois a frente"

Menos eu. É quase alguma coisa assim de exclusão com subtração. Todos, menos eu. Estou muito menos eu. Deu pra entender? É que se não deu, não vou poder explicar, tenho que pensar em outra coisa, não em mim, mas talvez no que me sobra. Pensar no amor, parar pra pensar nele, pensar pra parar nele. Só que não entendem: parar pra pensar no amor pressupõe um não pensar que se pensar nele, não se rende a ele. Como um suicida à beira de um prédio, avistando apenas o céu por alguns instantes, depois olhando pra baixo, carros, pessoas, talvez olhando pra frente, se deixando cair, não pensa, porque se pensar, não pula. Mais ou menos isso. Menos! É como tenho me sentido. Ao lado dela ou longe. Mas de que amor estamos falando aqui, esse que não é mais? Talvez deva parar pra pensar nisso. Talvez seja a hora de buscar outra sanidade aqui dentro e dar um passo atrás. Ou a frente. De qualquer forma, não seria eu. Então não penso. Ou não. Onde menos devo ser ou estar?

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