Você tem que estar preparado para se queimar em sua própria chama: como se renovar sem primeiro tornar-se cinzas?
(F. Nietzsche)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

De um carnaval sem Fevereiro

A gente ria tanto
desses nossos desencontros
Mas você passou do ponto
e agora eu já não sei mais...

Mais uma noite
Dessa vez não tão fria
aquecida entre travesseiros
nem mais, nem menos
um tanto vazia
e alguns poucos pensamentos

Quando ríamos nas madrugadas
da minha vida vadia
das nossas desavenças
do jeito inquieto de amar
e frouxo de odiar
eras tão mais serena

Ah, minha pequena!
Hoje em dia
ora quem diria!
Essa troca de faces
Esse tal de celibato
e teus novos atos,
tão gastos e sem disfarces,
não nos deixam nada mais
do que o tempo já já desfaz

Meu cansaço e teu tédio
sem máscaras de Fevereiro
E a dor de um pré-carnaval
sem remédio.

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