Moça de sorriso fácil, um fato breve,
saia leve, mas comprida, 
decote ligeiramente provocante 
ai, a imaginação alheia!
ai de mim!
Os cabelos enrolados uns nos outros,
curtos, longos, no meio-fio
e ela entre fitas de cetim, enceradas e de lã, 
búzios, pedras cristalinas. 
Seria uma baiana artesã? 
Um sumiço pra despertar saudade
uma taça pra incitar desejo
a brincadeira pra atiçar o beijo.
Já vi dessas passando por ai
saia, cabelo e decote...
os olhos, desses já vi cem
O que justo essa tem?
Ah, morena
dança de ladinho
como quem não quer nada
como quem comeu tudo
Se é Ana, serena
Mas também é Luiza, 
problema.
Eu que não faço questão
caneta, papel, jamais!
nesse fogo eu não ponho a mão
nem penso, nem olho
Desgosto de quem só provoca
quero quem me arrepia.
Mas olha que ironia!
fui fazer conto dessa criatura
e virou poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Dizeres